sábado, 10 de julho de 2010

Dicas de construção - Terreno

O primeiro passo para construir uma edificação é a compra do terreno, obviamente se você não o possui.
Existem aspectos relevantes e limitações físicas e legais impostas ao terreno que vão influenciar diretamente no seu projeto e podem, eventualmente, inviabilizar um determinado plano que você tem em mente.

Escolha pela Área e Localização.
Na busca pelo terreno ideal para executar a construção, inicialmente pensa-se na localização, na área e no preço, devendo-se tomar alguns cuidados já nessa escolha.
A área deve ser adequada ao que se deseja construir. Um lote de 350 m2, por exemplo, não se presta para quem deseja construir, além da casa, uma piscina, uma quadra de esportes ou um pomar com grande variedade de frutas. Deve-se ter ao menos uma idéia do que se deseja colocar dentro do lote, fazendo-se um anteprojeto, bem simples, com tudo que se pensa incluir e suas respectivas áreas aproximadas.
Quanto à localização, atente para os aspectos de distância do Centro, segurança, clima, proximidade de comércio, escolas e linhas de ônibus.

Atente para as Limitações Físicas
Os aspectos físicos que podem oferecer limitações à construção são a topografia, a qualidade do solo, eventuais encostas, proximidade de águas, etc. É recomendável que se visite a área. “Pise” no terreno que você está adquirindo. Se possível leve consigo um engenheiro ou arquiteto para orientá-lo.
É comum existirem no mercado terrenos baratos que parecem, a princípio, um grande negócio. Entretanto podem significar elevados custos em fundações e contenções de arrimo, por suas limitações físicas, transformando aquela “pechincha” num grande peso no seu orçamento.
No caso de loteamento novo, em que não foram concluídas as obras de terraplanagem e demarcação do loteamento, faça incluir no contrato de compra e venda, além das dimensões e posicionamento do terreno, a declividade da área a ser adquirida. Verifique, também se não existe água nas proximidades. Os solos próximos a regiões alagadas, como rios e lagoas, são de resistência muito baixa ou foram aterrados, resultando em problemas nas fundações da casa a ser construída. Existe, ainda, o risco das águas subirem em épocas de grande concentração pluviométrica.

Atente para as Limitações Legais
As limitações legais são as limitações urbanísticas, de higiene e segurança e as limitações militares.
As urbanísticas são preceitos de ordem pública, normalmente exigida pela Prefeitura Municipal, que protegem a coletividade na sua generalidade. São elas, entre outras, o arruamento, o alinhamento, o nivelamento (gabarito) e a taxa de ocupação. Em Juiz de Fora as limitações urbanísticas são normalizadas pela Lei do Uso e Ocupação do Solo (LEI: 6910/86).
As limitações de higiene e segurança são aquelas que visam preservar a saúde dos indivíduos.
As limitações militares se referem a áreas estratégicas de segurança nacional ou bases militares.
Torna-se necessário, portanto, levar em consideração todos esses aspectos legais desde a compra do terreno, pois são de caráter limitativo na hora de conceber e aprovar o projeto. Exemplo muito comum de problema por desconsideração desses aspectos é o caso da compra de um lote para construção de um pequeno prédio de 4 pavimentos e o gabarito permitido ser de apenas 6 metros de altura.
Procure, portanto, um profissional para orientá-lo.

Verifique a Documentação
Verifique a documentação do terreno, como o registro no Cartório de Registro de Imóveis, que é a comprovação de propriedade de quem está lhe vendendo, e as guias pagas do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), para não Ter surpresas desagradáveis. Peça uma certidão na Prefeitura Municipal para se eximir de responsabilidades.
Por fim consulte o Cartório de Registro de Imóveis para verificar se existe alguma hipoteca ou qualquer outro impedimento pesando sobre o imóvel. Solicite também Certidões Negativas de pessoa física ou jurídica, conforme o caso (veja na seção “Dicas” - Documentação Necessária para Aquisição de Terrenos).

Cuidados com o Posicionamento e as Dimensões Reais
Contrate um topógrafo para verificar as dimensões do lote e o se posicionamento dentro do loteamento. Existem muitos casos de invasões de vizinhos que representam, no futuro, ações judiciais que vão transformar seu sonho em pesadelo.
O custo do levantamento topográfico é baixo em relação ao preço do terreno, e compensa os possíveis aborrecimentos.
Cabe salientar que as medidas de um terreno referem-se sempre a sua projeção no plano horizontal, quer o mesmo esteja todo em um mesmo nível ou não.

Faça o Registro do Terreno
Fechado o negócio, você é o novo proprietário do terreno, e não há nada mais a fazer senão começar a pensar na construção... Engano. Você deve providenciar o mais rápido possível o registro do seu imóvel no Cartório de Registro de Imóveis. Isso vai impedir que o antigo proprietário, de má fé, venda-o novamente para outra pessoa. Somente é dono quem tem o registro do imóvel em seu nome

Dicas de construção - Projeto

De posse do terreno, e legalmente registrado, é hora de pensar no projeto. É hora de por no papel os seus planos, mas ... Por onde começar? Será econômico gastar dinheiro com Arquitetos e Engenheiros se é tão fácil traçar as paredes num papel e dar para um empreiteiro construir?
Nem pense nisso! Como diz a sabedoria popular “o barato sai caro”, e em construção esse ditado se aplica literalmente. Fazer economia no projeto é a maior ingenuidade que você poderia cometer.
O preço do projeto representa, aproximadamente, 5% do custo total da obra. Construir sem projeto pode significar ter que demolir e reconstruir algumas partes da casa ou refazer alguns serviços podendo chegar a prejuízos de cifras totalmente imprevisíveis, além da perda da qualidade da sua construção.
Resultado: custos altos, tempo perdido, aborrecimentos, etc.

O Projeto de Arquitetura
Quando se fala no projeto da casa ou do prédio, na verdade está-se falando num conjunto de projetos que incluem o Projeto Arquitetônico, o Projeto Estrutural, o Projeto Elétrico, o Projeto Hidrosanitário, o Projeto de Telefonia, de Ar condicionado, e outros que devam complementar esse conjunto em função do que se deseja construir.
Nos casos comuns de residências e pequenas construções residenciais e comerciais os cinco primeiros projetos, acima relacionados, atendem perfeitamente.
O primeiro projeto, que vai servir de base para a feitura dos demais, é o Projeto Arquitetônico. Normalmente elaborado por um arquiteto, o Projeto de Arquitetura é a materialização de uma idéia, aliada a aspectos técnicos tais como funcionalidade, conforto, estética, salubridade e segurança, além de outros aspectos legais. É a interface entre a idéia e a realidade do que se deseja construir.
Nele estão representados os cômodos com suas divisões, dimensões e áreas, as peças sanitárias dos banheiros e áreas de serviço, a disposição do mobiliário, tudo isso em planta (horizontal) e em cortes (vertical). Inclui-se também nesse projeto a locação do terreno, o detalhamento do telhado e as fachadas.
O Projeto Arquitetônico deve ser aprovado no órgão competente da Prefeitura Municipal, podendo o custo dessa aprovação estar ou não incluído nos serviços do arquiteto, devendo ser combinado antes.

Projetos Complementares
Aprovado o Projeto de Arquitetura passa-se à feitura dos demais projetos complementares, que devem ser elaborados por engenheiros civis e eletricistas. Estes deverão, ainda, atender rigorosamente ao Projeto Arquitetônico em todos os seus detalhes e especificações.
O Projeto Estrutural, também chamado de Cálculo Estrutural é o dimensionamento das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação, transmitindo as suas cargas ao terreno. Elaborado por um engenheiro civil, esse projeto é de fundamental importância, pois é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos. Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças sejam consideradas seguras e, conseqüentemente, toda a obra. Uma estrutural mal dimensionada pode, até, não cair, mas trazer problemas como trincas que são, na maioria das vezes, de solução muito difícil e cara.
Para elaboração do Projeto Estrutural será necessário, além do Projeto Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de segurança, resistências do solo inferiores, aumentando conseqüentemente as bases das fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o Laudo de Sondagem é indispensável.
O Projeto de Instalações Elétricas deve ser elaborado por um engenheiro eletricista e vem a ser o dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito importante, pois uma instalação mal dimensionada e mal executada, apesar do emprego de material de 1ª qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até acidentes de grandes proporções como incêndios.
O Projeto de Instalações Hidrosanitárias pode ser feito por um engenheiro civil ou por um arquiteto e é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns de pouca pressão de água em chuveiros e mal cheiro em ralos são oriundos da falta de um bom Projeto Hidrosanitário.

Dicas de construção - A construção

Quem contratar?
Importantíssima é a decisão de quem contratar para executar a obra.
Existem muitas opções de profissionais para você entregar a responsabilidade de construir a sua casa: construtoras, empreiteiras, engenheiros civis, arquitetos, mestres de obras, e até mesmo profissionais de construção como pedreiros experientes. Independentemente do profissional uma coisa deve ser lembrada ao se tomar a decisão: a construção que você vai iniciar será o maior ou um dos maiores bens que integrarão o seu patrimônio, sendo, portanto incabível o descuido com a sua qualidade.
Na compra de um eletrodoméstico, por exemplo, é preciso atentar para o fabricante, que, por sua experiência e tradição, garante a marca do produto. Quando se trata de uma marca desconhecida, procuramos alguém que já o tenha utilizado e que possa atestar por sua qualidade, rendimento e durabilidade. Se por acaso nos aventuramos num produto mais barato, sem qualquer referência, estamos sujeitos a adquirir um grande “abacaxi”, que, além de não funcionar adequadamente resultará em custos altos em consertos e manutenção.
Da mesma forma é recomendável ter referências sobre o construtor que vai executar o seu empreendimento. Procure optar por uma empresa de engenharia, uma construtora ou empreiteira de construção. Isso lhe dará maiores garantias pela personalidade jurídica do contratado e tranqüilidade quanto aos aspectos legais dos operários que trabalharão na obra.
Caso opte por fazer apenas com mestres de obras ou pedreiros, contrate a assistência técnica de um engenheiro ou arquiteto, que lhe garanta a qualidade do que vai ser construído. Nesse caso você terá a seu encargo a compra dos materiais para atender o andamento da obra, se isso, obviamente não for incluído no contrato com o esse profissional. Entre outras pequenas obrigações legais estará sob sua responsabilidade o pagamento dos operários e do seu INSS. Existe também a possibilidade de acertar as constas com o INSS no final da obra.

Dicas de construção - Umidade do solo

Muitas vezes negligenciada durante a construção, a impermeabilização dos baldrames ou cintas é extremamente importante, de maneira a proteger a alvenaria contra a umidade ascendente por capilaridade proveniente do solo. A água do solo atinge o baldrame e sobe pela alvenaria, atingindo-a até a altura de 1 metro. Quanto mais próxima esteja a cinta ou baldrame dos terrenos úmidos, a alvenaria torna-se mais susceptível ao ataque da água.
Essa patologia manifesta-se com a destruição do revestimento e da pintura da parede, surgindo empolamentos que se decompõem com leve pressão das mãos.
Um dos procedimentos profilático que garante a integridade da alvenaria e seu revestimento compreende na aplicação de uma camada de tinta betuminosa na superfície do baldrame, descendo pelas suas laterais em aproximadamente 15 cm, de forma a criar uma barreira à água proveniente do solo.
Antes de iniciar a alvenaria, deve-se verificar se não existem falhas na impermeabilização, provocadas principalmente pelo transporte de materiais e passagem de pessoas, queda de ferramentas, tijolos, etc. ou passagem de tubulações.
Recomenda-se ainda a utilização de argamassa de cimento e areia 1:4, com aditivo impermeabilizante, no assentamento das 4 primeiras fiadas das alvejarias das paredes externas.

Dicas de construção - Água p/ massa

Em obras de pequeno porte, principalmente residências onde não existe a presença de um engenheiro, costuma-se exagerar na quantidade de água de amassamento, ou seja, a água usada no preparo do concreto e que lhe confere plasticidade. O uso indiscriminado desse componente do concreto pode provocar reduções significativas na sua resistência e impermeabilidade. De nada adiante um projeto estrutural bem elaborado se o concreto não obtiver a resistência prevista.
A água é um elemento indispensável ao concreto visto que o cimento, quando hidratado, provoca uma reação exotérmica (emite calor) que resulta no seu endurecimento. Entretanto quando existe na massa do concreto mais água do que o cimento necessita para endurecer, este excesso não é absorvido na reação e “sobra” água no concreto, na forma de bolhas minúsculas. Essas bolhas vão acabar se transformando em vazios e canalículos, depois da perda da água por evaporação, que são os responsáveis pela redução de resistência e impermeabilidade do concreto.
Por isso é preciso cuidado com a água no concreto, devendo ser respeitada a quantidade estabelecida no projeto para o traço que se deseja utilizar e conseqüentemente para a resistência que se deseja obter.
Caso você não seja um engenheiro ou um técnico conhecedor do assunto, não altere a quantidade sem consultar um profissional.

Dicas de construção - Concreto

Normalmente ignorado em diversas obras, inclusive grandes empreendimentos executados por construtoras de renome, o cobrimento do concreto é um elemento de grande responsabilidade pela saúde das estruturas de concreto armado. O descuido rotineiro com esse item de extrema importância tem resultado ultimamente em diversas obras de recuperação estrutural que, quase sempre, envolvem altas somas em dinheiro.
O concreto, se bem executado, tem por natureza, como uma de suas vantagens, proteger as armaduras da corrosão. Essa proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através da proteção física e proteção química.
Um bom cobrimento das armaduras, com concreto de alta compacidade, sem ninhos e com um perfeito equilíbrio entre seus elementos e homogeneidade garante, por impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos. Esses agentes podem estar contidos na atmosfera, em águas residuais, águas do mar, águas industriais, dejetos orgânicos, etc.
Outra função do cobrimento é a proteção química das armaduras. Em ambiente altamente alcalino, é formada uma capa ou película protetora de caráter passivo na superfície do aço. O cobrimento protege essa capa protetora contra danos mecânicos e, ao mesmo tempo mantém a sua estabilidade.
Recomenda-se, por isso, que o engenheiro projetista especifique adequadamente o cobrimento do concreto armado para o tipo de utilização da estrutura, em concordância com norma brasileira vigente, e que este seja respeitado durante a execução.

Dicas de construção - Trincas no gesso

É bastante comum a ocorrência de trincas ou fissuras em forros de gesso mal executados e, na grande maioria dos casos, essa patologia é oriunda das tensões no material provocadas pela dilatação e retração térmica.
Essas movimentações exigem que sejam previstas juntas de dilatação que, quando bem posicionadas, viabilizam as acomodações do material, o gesso.
Basicamente são dois os tipos de juntas que devem ser empregadas. Para forros de pequenas dimensões, onde a maior delas seja menor que 6 metros, pode-se utilizar apenas a junta de dessolidarização, posicionada em todo o perímetro entre o forro e as paredes ou estruturas com as quais se limita.
Nos demais casos, em que se tenha uma das dimensões maiores que 6 metros, além das juntas de dessolidarização, deve-se prever juntas intermediárias dividindo o forro em painéis de maneira a permitir um afastamento máximo de 6 metros entre as juntas, em cada dimensão.

Dicas de construção - Piscina

As piscinas podem ter diversos formatos e construídas enterradas ou elevadas. A estrutura (tanque) deve estar baseada em projeto construtivo realizado por profissional responsável e deve ser executada de acordo com as normas indicadas pela NBR ABNT 9818.
Dependendo das dimensões da piscina e da solicitação da base, é recomendável elaborar um projeto de impermeabilização, a ser executado por empresa e profissional do ramo.
Normalmente são realizados dois tipos de impermeabilizações:
- rígida: revestimento com argamassa de areia, cimento Portland e aditivo impermeabilizante. A sua impermeabilidade depende diretamente do tipo de traço utilizado, do emprego de uma areia (recomenda-se que seja lavada) de granulométrica entre 0 a 3mm, isenta de substâncias orgânicas e materiais argilosos, e da adição de um aditivo impermeabilizante.
O traço será de 1:3 para pressões de até 20m de coluna de água e de 1:2 para pressões superiores. A espessura mínima da argamassa será de 3cm, com a aplicação feita em camadas sucessivas de 1cm.
- flexível: sugere-se que sua execução seja feita de acordo com as duas etapas abaixo:
a) aplicar primer asfáltico, com asfalto puro diluído em um veículo derivado do petróleo. Deve ser evitado o uso da emulsão asfáltica, pois a existência de cargas sobre este material poderá prejudicar o seu desempenho. Após a aplicação do primer, esperar um tempo mínimo de 8 horas para iniciar a etapa seguinte.
b) pode-se aplicar manta asfáltica com filme de polietileno do lado interno e areia do lado externo. Se for utilizada manta asfáltica com polietileno dos dois lados, é recomendável queimar o lado externo com maçarico e pulverizar areia fina e seca para maior aderência e proteção. Cuidar para que haja perfeita aderência entre as mantas, usando, no mínimo, 10cm de sobreposição entre elas. Pode-se também utilizar mantas que já vêm com uma face chapiscada com areia.
Antes de executar o revestimento, deve ser feito teste de estanqueidade do tanque.
Para a execução da camada de regularização e proteção mecânica, recomenda-se traço 1:4 ou 1:5 de volume, com cimento e areia média, aplicada sobre a impermeabilização rígida ou flexível com a finalidade de proteção mecânica e regularização para receber o revestimento de pastilhas de porcelana. Recomenda-se o uso de chapisco aditivado sobre a impermeabilização para obtenção de aderência adequada, com planeza nas paredes e fundo da piscina. Este, por sua vez, deve ter caimento de 0,5 a 1% para os ralos.
A espessura da camada de regularização, nas paredes, deve seguir a norma NBR 7200 ou NBR 13755 e NBR 13753, não ultrapassando 2,5cm.
O revestimento em pastilhas de porcelana deve ser executado após 14 dias, pelo menos, da aplicação da camada de regularização. Deve ser iniciado pelas paredes e finalizado pelo piso. Em piscinas com formato retangulares, o alinhamento das juntas das paredes e piso valoriza o revestimento final.
Deve-se, inicialmente, marcar o local da aplicação com linhas verticais e horizontais para manter o prumo e o nível. Marcar na parede a altura e a largura de uma placa de pastilha. Nivelar e aprumar, guiando-se pelas linhas, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Com o lado liso da desempenadeira metálica, espalhar uma camada de argamassa colante sobre a camada de regularização; em seguida, com o lado denteado da desempenadeira metálica, fazer sulcos com aproximadamente 5mm de espessura.
Caso a argamassa colante escolhida seja do tipo que também pode ser utilizada para rejuntamento, ele deve ser feito antes da aplicação das pastilhas. Não utilizar material de rejuntamento que já começou a endurecer.
As placas devem ser aplicadas sobre a argamassa estendida, fazendo pressão com as mãos e batendo levemente com um martelo de borracha.
A remoção do papel e da cola requer a preparação de uma solução removedora utilizando-se 250gr de soda cáustica em escamas para 5 litros de água. Molhar com bastante água limpa o papel das placas de pastilhas já aplicadas, passar a solução de soda no papel com a broxa voltada para baixo, esfregando levemente, e aguardar 5 minutos. Retirar o papel com o auxílio da ponta da colher. Para retirar o excesso de cola da superfície, utilizar uma broxa úmida e logo após lavar a placa com bastante água e o auxílio de uma esponja.
Com o auxílio de um rodo ou de uma desempenadeira de borracha, completar o rejuntamento em toda a superfície pastilhada. As juntas poderão ser frisadas ou palitadas, se necessário. Após aproximadamente 15 minutos do término do rejuntamento, retirar o excesso do material com uma esponja úmida de água. Após a secagem, fazer o acabamento com estopa seca.
Sete dias depois de completado o processo, a piscina pode ser cheia.

Dicas de construção - Azulejos

No assentamento de azulejos deve-se tomar vários cuidados de forma a prevenir deslocamento de peças, trincas e outras manifestações patológicas.

Antes de iniciar o revestimento:

- Conclua o embutimento de todas as tubulações passantes dentro da alvenaria, tais como eletrodutos, tubos de águas e esgotos, tubos de gás e as caixas de passagem de tubulações elétricas como interruptores, tomadas e pontos telefônicos;
- Faça testes de carga das tubulações de águas e esgotos;
- Proceda a fixação de contramarcos de janelas e marcos de portas;
- Conclua o revestimento do teto;
- Verifique se não existem outras origens de umidade, e se houver, corrija antecipadamente.
- Remova poeiras, materiais soltos, gorduras, bolores, e outros que possam prejudicar a aderência do revestimento. Materiais soltos e poeiras podem ser retiradas com escovas de pelo ou de aço, espátulas ou lavagem com água. Gorduras e bolores devem ser removidos com soluções bem diluídas de detergentes, ácido muriático ou água sanitária, e depois lavar em abundância;


Camada de regularização:

- Aplicar chapisco com traço em volume variando entre 1:3 e 1:4 (cimento e areia);
- Aguardar 14 dias para o total endurecimento do chapisco;
- Executar a camada de regularização sobre a base umedecida com argamassa mista de cimento, cal e areia, traço em volume na proporção de 1/3, aglomerante e agregado. Por exemplo, utilize os traços 1:1: 6, 1:1, 5:7, 5 ou 1:2: 9. Em paredes externas e piscinas usar o traço mais rico em cimento, 1:1: 6;
- A camada de regularização não deve ter espessura superior a 1,5 cm. Caso haja necessidade de aumentar a espessura, execute em camadas. Argamassas com espessuras superiores a 2,5 cm devem ser armadas com tela deployer ou tela de galinheiro.


Antes de iniciar o assentamento:

- Verifique se a quantidade de azulejos é suficiente para o revestimento de toda a área. Calcule a área das paredes e adicione mais 10%: 5% por conta dos recortes e 5% de reserva para possíveis reparos futuros.
- Analise a disposição das peças nas paredes, de forma a posicionais peças cortadas nos locais menos visíveis;
- Faça a submersão das peças em água durante 10 minutos antes da sua aplicação.


Assentamento com argamassa tradicional:

- Utilize argamassa de cimento, cal hidratada e areia com traço em volume que pode ser 1:0,5:4, 1:1:5, ou 1:2:7,5;
- Umedecer a base antes da aplicação das peças;
- O assentamento deve ser feito de baixo para cima, respeitando a cota do nível acabado do piso;
- Recobrir todo o verso da peça cerâmica com uma camada de argamassa de aproximadamente 1,5 cm;
- Colocar a peça em contato com a parede e pressionar para que o excesso de argamassa saia pelas bordas da peça;
- Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela abaixo, de forma a permitir variações térmicas dimensionais nas peças;
- Verificar sempre o alinhamento horizontal, vertical e o nivelamento das peças, utilizando linha de régua de aço, prumo de face e nível/prumo de bolha;

Assentamento com argamassa colante:

- No preparo da argamassa a quantidade de água deve ser a indicada pelo fabricante;
- Depois de preparada a argamassa deve ficar em repouso por 20 ou 30 minutos, obedecendo a recomendação do fabricante;
- O prazo máximo para sua utilização é de 2,5 horas, não sendo permitidas adições de água durante esse período;
- Aplicar a argamassa sobre a superfície com o lado liso da desempenadeira, apertando a sobre a base;
- Empregar a desempenadeira com o lado dentado formando cordões, retirando-se o excesso de argamassa;
- Não aplicar de uma só vez em superfícies maiores que 25m cm2 de área, de forma a evitar que seja ultrapassado o período de 2,5hs, e a formação de uma película sobre os cordões ou a secura completa;
- O assentamento deve ser feito, preferencialmente, de baixo para cima, respeitando a cota do nível acabado do piso;
- Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela já apresentada para o assentamento com argamassa tradicional;
- Na colocação das peças aplicar um leve movimento de rotação ou de translação de forma a haver uma melhor acomodação, submetendo-as a uma pressão adequada, permitindo que o excesso de argamassa possa fluir para fora;
- Durante o assentamento deve-se verificar regularmente se o tempo de abertura da argamassa não expirou, exercendo-se com a ponta dos dedos uma leve pressão sobre os cordões da argamassa colante. Caso haja transferência de argamassa para os dedos significa que o assentamento pode continuar. Mas se aponta dos dedos apresentar-se limpa é sinal de que o tempo expirou, o deve-se aplicar nova argamassa colante.

Dicas de construção - Aditivos

Os aditivos plastificantes são compostos orgânicos que, quando aplicados ao concreto ou argamassas, revestem os grãos de cimento e provocam, por meio de cargas elétricas, repulsão entre esses grãos. Essa repulsão promove um melhor “escorregamento” entre os grãos, ou seja, permite obter uma mesma fluidez com menor quantidade de água.
A água é um elemento indispensável às reações químicas necessárias ao endurecimento do concreto. Entretanto a quantidade de água suficiente para permitir essas reações é bem menor que a necessária para conferir ao concreto uma plasticidade adequada à sua utilização, resultando num excesso de água que sobra dentro da sua massa. Depois que se evapora toda essa água excedente, não utilizada nas reações, o espaço que estava sendo ocupado por ela, dentro da massa do concreto, transforma-se em bolhas e canalículos minúsculos.
A redução da água de amassamento proporcionada com a utilização de aditivos plastificantes traz um grande benefício ao concreto, pois ela é a responsável por sua maior porosidade e conseqüentemente menor resistência.
Muito utilizados atualmente, principalmente na composição de concreto estrutural, os aditivos plastificantes já são considerado por muitos autores como um de seus ingredientes básicos além do cimento, dos agregados e da água.
Esses aditivos são indicados em todas as situações em que se deseje obter um concreto de melhor qualidade, maior durabilidade, e onde atmosferas agressivas, tais como a presença de cloretos, exijam um concreto de menor porosidade, que venha a proteger de forma mais eficiente as armaduras. Por isso são muito utilizados também nos serviços de recuperação e reforço estrutural sobretudo por conferir maior plasticidade, resistência e impermeabilidade aos grautes e micro concretos.
Dentre os benefícios proporcionados pelos aditivos plastificantes podemos destacar:
- Poder atingir valores de abatimento elevados para os traços usuais, com isso auxiliar a concretagem de peças com grande concentração de ferros ou outras situações em que seja necessário um concreto mais fluido sem que seja prejudicada a sua resistência.
- Obter um concreto de melhor qualidade se comparado a um concreto de mesma plasticidade sem aditivo. A redução da quantidade de água (redução do fator água/cimento) acarreta várias vantagens como maior resistência mecânica, menor permeabilidade, menor retração e maior expectativa de durabilidade.
- Reduzir o consumo de cimento e conseqüentemente o custo do concreto. Poder utilizar um traço de concreto mais fraco para uma mesma resistência mecânica.
- Permitir uma estrutura mais leve, com peças mais esbeltas, pela elevação da resistência do concreto, e também com isso uma diminuição das fundações.
- Obtenção de estruturas de concreto com pouca ou nenhuma falha de concretagem, as chamadas “bicheiras”, devido à plasticidade obtida, sendo muito utilizado nas estruturas em concreto aparente.

Como fator negativo podemos citar o retardamento da pega do concreto, que normalmente ocorre com a utilização de aditivos plastificantes.
É recomendável também uma avaliação custo x desempenho e um rigoroso acompanhamento da dosagem no canteiro de obras, sem o qual a utilização do aditivo não deve ser indicada.
Além dos aditivos plastificantes existem ainda os aditivos superplastificantes, utilizados com a mesma finalidade, e que apresentam efeitos bem mais pronunciados que os primeiros.

Dicas de construção - Janelas

As janelas são consideradas componente das edificações, embora elas, em si, sejam um sistema de partes fixas e móveis, constituído por diversos componentes que se encaixam ou se ajustam para permitir o seu funcionamento. Elas são projetadas com as seguintes finalidades:

1- controlar a iluminação ambiente;
2- promover uma ventilação adequada;
3- impedir a penetração de águas pluviais e ventos;
4- isolar o ambiente do ruído externo;
5- oferecer segurança contra entrada de pessoas estranhas e animais;
6- oferecer conforto na sua utilização e no seu manuseio.


1- Controlar a Iluminação Ambiente:

As janelas com panos de vedação transparentes ou translúcidos devem proporcionar ao ambiente uma iluminação adequada às atividades dos ocupantes.
Devem ser dimensionados os vão das janelas na razão de 1/8 da área do piso para compartimentos de utilização transitória, quais sejam vestíbulos, salas de entrada, de espera, cozinhas, instalações sanitárias, depósitos, e outros de destinação semelhante. Nos compartimentos de permanência prolongada como quartos, salas, lojas, gabinetes de trabalho, escritórios, consultórios, copas e salas de jantar, a área dos vãos deve ser de 1/6 da área do piso.


2- Promover ventilação adequada:

Não é aconselhável que as janelas confiram estanqueidade total ao ar, a menos em situações de interesse específico. A vazão do ar através da janela deve sempre existir, de forma a permitir uma troca de ar que, no mínimo, garanta condições de salubridade ao ambiente. Essa vazão, entretanto, não deve permitir perdas excessivas de calor no período do inverno, de ar refrigerado em ambientes condicionados artificialmente, ou ventos excessivos direcionados de fora para dentro que provoquem desconforto aos usuários.
As janelas devem permitir ventilação de pelo menos a metade da sua área total. Prefira as básculas, máximo-ar, às janelas de correr.


3- Impedir a penetração de águas pluviais:

As janelas, embora devam permitir penetração controlada de ar, não devem permitir a penetração de águas pluviais. Todos os dispositivos devem ser projetados e construídos de forma a garantir estanqueidade à água.
Devem existir proteções na fachada, tais como beirais, pingadeiras, ressaltos e outros detalhes construtivos que evitem os excessos de águas de chuva que se formam na superfície das fachadas e se projetam sobre as janelas.
No caso de basculante estes não devem ter folgas muito grandes nas suas partes móveis, e devem ter pingadeiras horizontais e verticais, com dimensões de forma a cobrir bem a peça adjacente. A parte inferior não deve ser móvel, para fixação da alavanca de manejo.
Nos basculantes em cantoneira de ferro as cantoneiras de montagem terão seus cantos internos bem recortados, não contendo restos de solda ou tinta que venham a impedir seu total fechamento. Os grampos de fixação serão em rabo de andorinha, chumbados na alvenaria com argamassa de cimento e areia traço 1:3, sendo no mínimo em número de dois em cada lado da esquadria, espaçados aproximadamente 60 cm.
Nos caixilhos de correr as folhas móveis deve ter nas laterais e na parte superior boa superposição dentro dos rebaixos dos montantes e sobre as folhas fixas. Os trilhos rebaixados terão dispositivos para esgotar a água com facilidade.
Nas janelas tipo guilhotina, os rebaixos em volta do montante que servem como guias e encaixe das folhas, devem ser bastante profundos (no mínimo 15 mm) e ter pouca folga para as folhas, para impedir a penetração de chuva com o vento. A superposição da folha externa sobre a interna deve ser bastante grande e com pouca folga entre elas.
No caso dos peitoris de massa o revestimento deve sempre passar por baixo da janela, nunca deixando uma junta entre esta e o peitoril.
Os peitoris terão uma boa inclinação para fora. Os peitoris em pedra devem ficar salientes em relação ao revestimento externo, com pingadeira eficiente.
Em todos os tipos de janelas as folhas ou caixilhos devem ser milimetricamente esquadrejados de forma a permitir o seu perfeito funcionamento.


4- Isolar o ambiente de ruído externo


Independentemente do seu tipo, as janelas devem representar uma barreira à penetração de ruídos gerados no exterior do edifício.
Este item está ligado ao projeto total da esquadria e ao seu fabrico. Se bem ajustada, com todas as partes se encaixando perfeitamente, além de vidros bem dimensionados para os vão, a janela tende a promover um bom isolamento ao ruído externo.
Em casos especiais, onde o nível de ruídos externos é extremamente elevado, poderão ser projetadas de modo a oferecer alto grau de isolação acústica, mediante a adoção de vidros duplos, caxetas e outros dispositivos especiais.


5- Oferecer segurança

Nos basculantes os vão da partes móveis não devem ter largura superior a 15 cm de forma a impedir a entrada de pessoas.
Nas janelas de correr deve-se prever, além do puxador com fechadura, um dispositivo para cadeado.
As venezianas das janelas de madeira não devem ter largura superior a 40 ou 50 cm. Se necessário devem ser divididas com um montante central.


6- Oferecer conforto na sua utilização e no seu manuseio

As janelas, durante sua vida útil, serão operadas a fim de conferir aos usuários as condições mais favoráveis de conforto para as atividades a serem realizadas no aposento. O manuseio das folhas móveis deve ser de grande facilidade, requerendo o mínimo de esforço do operador.
É necessário um ajuste perfeito entre as peças e devem existir folgas mínimas, apenas as necessárias ao seu bom funcionamento.
De acordo com o tipo de janela, suas folhas podem sofrer esforços inadequados devido às condições normais ou anormais de funcionamento. Por isso devem ser projetas e construídas de forma a suportarem esforços sem se deformaram de maneira permanente, prejudicando seu funcionamento, nem permitirem a deterioração de alguns de seus componentes ou quebra de vidros.
Assim como no caso do isolamento ao ruído externo, a esquadria bem projeta e fabricadas tendem a oferecer conforto na sua utilização.

Dicas de construção - Economia

Da escolha do terreno à execução da obra, a construção deve ter um planejamento e uma organização adequados, de forma a otimizar os seus custos. Cada etapa requer cuidados específicos, como abaixo tentamos resumir.


NA ESCOLHA DO TERRENO
- escolha, de preferência, um terreno plano, pois isso representará muita economia com obras de terra, fundações e estruturas de concreto, além de reduzir a zero os custos com contenções de arrimo;
- a avaliação da resistência do solo também é muito importante. Para isso contrate uma empresa de sondagem. Caso o resultado apresente um solo de boa resistência superficial, e sendo a casa a construir de apenas um pavimento, será possível utilizar uma fundação tipo baldrame corrido, que consome menos ferragem e utiliza um concreto mais barato;
- não se precipite em fazer obras de terra como terraplanagens e cortes antes dos projetos de arquitetura e estrutural estarem prontos e sem a orientação de um engenheiro, pois você poderá perder dinheiro com serviços desnecessários. O arquiteto poderá tirar proveito da topografia e dos acidentes naturais do terreno fazendo um projeto adequado para ele, economizando com redução das obras de terra;


NO PROJETO
- é altamente recomendável investir na contratação de um arquiteto ou um engenheiro civil, de forma a se ter um projeto bem elaborado. Os erros durante a execução que podem ocorrer pela ausência de projetos representam custo muitas vezes bastante elevados. Informe também a este profissional o quanto você pretende gastar com a construção;
- converse com o seu arquiteto o mais francamente possível, fornecendo-lhe todos os detalhes da sua vida diária, seus hábitos e de seus familiares, de maneira que o projeto arquitetônico seja bem adaptado ao seu estilo de vida. Projetar cômodos especiais, como adegas e salas de jogos, somente são viáveis economicamente se foram usados; de outra forma somente trarão encarecimento à construção;
- revisar o projeto e esclarecer todas as dúvidas até o fim é um bom procedimento. É muito mais fácil e barato solucionar erros e pedir mudanças na fase do projeto do que derrubar paredes durante a obra;
- não pense que casas térreas são mais baratas que casas com dois ou três pavimentos pois utilizam fundações menores e estruturas de concreto mais simples. Realmente existe economia neste item, entretanto, analisando-se dois projetos de mesma área construída, uma casa de um pavimento e outra de dois, a área de telhado na primeira será o dobro da segunda casa, e o custo do m2 de telhado é um dos mais caros na construção. Além disso a quantidade de sapatas pode dobrar.
- evite recortes no telhado pois isso representa elevação de custos de material e mão de obra;
- procure concentrar banheiros e cozinha numa mesma área pois isso permite otimizar o uso da tubulação hidráulica necessária;
- um projeto cheio de recortes encarece a estrutura, dificulta a execução dos serviços, requer mais material e representa mais área de revestimento e pintura;
- esquadrias são elementos caros na construção. Utilize com parcimônia portas e janelas ao projetar sua casa. Às vezes você pode utilizar apenas uma abertura em vez projetar uma porta. Ou elementos vazados em vez de janelas.


NO PLANEJAMENTO
- planeje o início da obra, se possível, para o final do período das chuvas. Executar fundações e serviços externos em períodos chuvosos prejudica sobremaneira o andamento dos trabalhos, encarecendo a mão de obra.
- depois que o projeto estiver completamente definido, é necessário um planejamento da obra. Elaborada em conjunto com o profissional responsável pela obra, uma planilha pode registrar a ordem de execução dos serviços, duração e custo de cada fase da obra, evitando-se gastos com mão-de-obra e/ou materiais não necessários no momento;
- fluxo de caixa deve ser controlado para não correr o risco de parar a obra por falta de dinheiro (obra “de igreja”, demorada, é sempre mais cara). Anotar na planilha todos os gastos e sempre guardar recibos e notas fiscais, pois eles serão úteis para declaração do Imposto de Renda e para enfrentar eventuais problemas legais;
- mesmo que os materiais de acabamento ainda não tenham sido escolhidos, devem ser anotadas na planilha especificações dadas por quem fez o projeto, como tamanho, espessura, tonalidade, classe de abrasão e nível de absorção de água das cerâmicas, o mesmo valendo para outros itens, como madeira e carpete, poupando tempo na hora de pesquisar e comprar.


NA CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
- dar preferência a profissionais conhecidos ou indicados por amigos ou parentes; se possível, é bom ver um trabalho pronto;
- os operários podem ser escolhidos por você ou pelo seu arquiteto ou engenheiro. Tendo mais de uma equipe confiável você deve pedir o orçamento de ambas para decidir. Em todo caso não se esqueça que a supervisão do engenheiro civil ou do arquiteto é indispensável para a qualidade da obra e para evitar aborrecimentos e custos;
- determinar uma forma de pagamento baseada na produção, estabelecendo assim que o pagamento da mão-de-obra ficará condicionado ao cumprimento de determinadas etapas e prazos.


NA COMPRA DE MATERIAIS
- fazer cotações de materiais pedindo orçamentos em diversas casa de materiais de construção. Pesquisar também em lojas de materiais de demolição e cemitérios de azulejos. Neles é possível encontrar muita coisa em bom estado e por um bom preço. Mas preste atenção para não ser enganado; em algumas casas de material de demolição costumam cobrar mais caro que mercadoria nova;
- fazer a pesquisa levando em conta os parâmetros estabelecidos pelo profissional que elaborou o projeto, tentando achar a melhor relação entre qualidade e preço (não esquecendo que, além do custo de construção, há também um de manutenção, ou seja, materiais de baixa qualidade só são economia a curto prazo, e em pouco tempo a obra começará a apresentar problemas);
- às vezes, é possível fechar um pacote para a compra de uma grande quantidade de materiais numa única loja e, assim, negociar um desconto ou o pagamento a prazo. A pechincha é regra básica. Às vezes é possível fazer combinando com vizinhos que estejam construindo perto de você, e fazendo pedidos maiores;
- se optar por comprar materiais de acabamento com antecedência não deixe de considerar uma margem de aproximadamente 10% de sobras para cobrir quebras e consertos futuros.


NA ESTOCAGEM DE MATERIAIS
- observar o prazo de validade de materiais como o cimento. Não deve ser armazenada muita quantidade nem com muita antecedência (a planilha ajuda essa programação);
- o material deve estar protegido da chuva, vento e outras intempéries. A madeira e o cimento, por exemplo, devem estar cobertos e protegidos de umidade, em local ventilado. Evite deixar materiais em caixas de papelão ao relento.


NA EXECUÇÃO DA OBRA
- exija organização no canteiro de obras. Bagunça, entulhos em demasia, ferramentas e materiais espalhados, tábuas com pregos, etc. são sinônimos de desperdícios, acidentes e custos.
- a execução da obra deve ser acompanhada diariamente pelo engenheiro ou arquiteto contratado para esse fim. Qualquer erro na execução dos serviços pode resultar em ter que demolir e construir novamente;
- o projeto deve ser seguido à risca. Qualquer alteração deverá ser comunicada ao engenheiro da obra, que verificará as implicações em outros elementos do projeto. Por exemplo, o deslocamento de um tubo pode ocasionar a sua passagem por uma viga, ocorrência não prevista no projeto estrutural

Repintura: dicas facilitam o trabalho e garantem bom resultado

Mudar a cor da parede é quase obrigatório quando a ideia é renovar um ambiente. Mas, nem sempre o resultado é aquele que se espera. Algumas dicas simples podem evitar surpresas desagradáveis e garantir uma superfície bem acabada.

Limpar e lixar a parede que vai receber a nova pintura é a primeira providência. No momento de decidir com qual cor pintar é que os procedimentos podem variar.

Se a superfície for neutra, de cor clara, não há mistério. Basta ter uma tinta que atenda aos padrões mínimos de qualidade e conformidade, lixa, um rolo de pintura, pincel, bandeja, fita crepe e bastante jornal ou lona plástica. Mas, se a repintura tiver que ser feita sobre uma cor mais escura, ou a tinta escolhida para a nova pintura também é de cor escura, existem alguns segredos que vão evitar surpresas desagradáveis.

Se a parede está pintada de vermelho e a intenção é pintá-la de amarelo, por exemplo, ao invés de passar uma infinidade de demãos de tinta amarela, o mais indicado é lixar a parede vermelha, remover todo o pó e passar uma ou duas demãos de tinta branca fosca para neutralizar o vermelho e só depois aplicar a tinta amarela. Lembrando que se deve respeitar o intervalo de secagem entre demãos. “Como a tinta branca tem mais cobertura que as coloridas, ela prepara a parede para receber a outra cor com que se deseja fazer a repintura”, explica William Hamam, da Tintas Futura.

Hamam também alerta para o tipo de parede a ser pintada. Se interna ou externa, se porosa ou lisa, enfim, variáveis que vão determinar qual o material e procedimento adequados para cada situação.

Por isso, se você está pensando em mudar a cor do seu imóvel, acompanhe essas dicas que vão ajudar qualquer pessoa a ter o conhecimento básico para realizar a repintura de um ambiente:

1- A superfície que irá ser pintada deve estar limpa, sem problemas (ex. umidade, mofo, descascando, bolhas, etc.) e seca. Se estiver engordurada é necessário lavar com detergente neutro e enxaguar bem. Se houver partes mal aderidas, devem ser raspadas ou escovadas;

2- Eliminar pequenas imperfeições com massa corrida em superfícies internas e com massa acrílica nas áreas externas ou internas que ficam em contato com água ou vapor. Após a secagem, deve-se lixar e remover o pó;

3- Se a parede estiver em mau estado, será preciso remover a pintura anterior e aplicar uma demão de fundo preparador de paredes seguindo as instruções de diluição da embalagem do produto. O fundo preparador é indicado sempre para a repintura em paredes descascadas, pintadas com cal, que estejam esfarelando, ou até mesmo em caso de pintura sobre gesso novo.

4- Se a tinta que se deseja cobrir for brilhante (esmalte, óleo, semibrilho ou acetinado), será necessário lixar até a perda do brilho.

Saiba como comprar madeira legal

A decisão do consumidor na hora de comprar madeira, bruta ou processada, é fundamental no combate ao desmatamento. “O estado de SP consome quase um quarto da madeira extraída da Amazônia. Se todo paulista exigir que o comerciante de madeira emita alguns documentos na hora da compra, estará forçando o mercado a atuar na legalidade e, assim, ajudará a diminuir os desmatamentos irregulares”, diz a superintendente do Ibama SP, Analice de Novais Pereira.

Para ter certeza de que a madeira a ser adquirida tem origem legal, todo consumidor deve seguir os seguintes passos:

1- Verifique a regularidade da empresa no Cadastro Técnico Federal (CTF);

2- Exija a Nota Fiscal, pois ela limita a possibilidade do comerciante criar “falsos estoques”;

3- Exija o DOF, o documento legal de origem florestal.

“A nota fiscal é um documento que todo mundo já conhece. Agora é importante que o cidadão na hora da compra peça também para ver o Cadastro Técnico Federal da loja e exija um DOF. É preciso familiarizar todos os consumidores a esses documentos, única forma de garantir que a madeira adquirida não vem de áreas irregulares”, explica Analice.

Reforma ideal requer baixo custo, pouca desordem e renovação

A palavra reforma causa arrepios até mesmo nas pessoas mais tranqüilas e otimistas. Imaginar uma equipe de profissionais invadindo a casa, quebrando, sujando, desarrumando tudo e não cumprindo os prazos estipulados é motivo mais que suficiente para perder o sono.

Para o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris, um bom planejamento evita problemas e dor de cabeça. “Claro que a reforma dentro de uma casa habitada causa alguns desconfortos. Mas com a assessoria de um arquiteto comandando uma equipe de profissionais responsáveis, as reformas são possíveis e no final, os resultados compensam a mudança na rotina da família. A reforma ideal é baseada em três itens: baixo custo, pouca desordem e a renovação de conceitos e materiais que possibilitem um ar de casa nova”, diz Aquiles.

Segundo ele, para o profissional, uma reforma é ainda mais difícil que uma construção. Neste momento o arquiteto precisa ter experiência não só de concepção do projeto, mas também em entender de estrutura, materiais e sistemas construtivos.

O primeiro passo é procurar um arquiteto que deve desenvolver o projeto de reforma completo, contemplando assim, as necessidades da renovação, aliando a funcionalidade à beleza estética. “As opções que o mercado oferece são inúmeras e cabe ao profissional ajudar nestas definições para manter a harmonia do projeto e apresentar ao cliente as novas tendências e novidades”, afirma Kílaris.

Uma vez concluído o projeto, é importante definir um cronograma de obras para que a reforma seja feita passo a passo, em um ambiente por vez, que deverá ser sempre isolado. Esse procedimento evita o tumulto na casa inteira.

Um bom exemplo destas mudanças está relacionado ao uso de azulejos. Atualmente não se usa mais esse material em paredes inteiras. “Em banheiros é feita composição na área molhada do box e pia. No restante, podemos aplicar pintura lisa, textura ou placas de mármore. A mesma dica vale para a cozinha, que recebe material impermeável na área do fogão e até mesmo em locais com adornos decorativos”, disse o arquiteto.

Entre outras novidades que podem ser usadas em uma reforma, está o uso de peças de inox como eletrodomésticos, coifas e apliques na parede, além do marmoglass, um material altamente resistente que concebe um ar contemporâneo ao ambiente. As tintas acrílicas também são uma opção de revestimento. Elas evoluíram bastante, são laváveis e numa reforma, a cor pode ser trocada facilmente.

Para Kílaris, os ambientes integrados merecem cores claras. Tons pastéis e o branco são suas recomendações para composição. Mas nada impede que o profissional trabalhe uma única parede como destaque, utilizando cores fortes ou mesmo aplicação da pedra canjica ou painéis de madeira.

A reforma também pode ser um bom momento para trocar o aquecimento de uma casa por energia solar. Este equipamento já era utilizado anteriormente em menor escala e hoje é encontrado praticamente na maioria das casas novas construídas. “Essas mudanças de hábito demonstram a preocupação com meio ambiente. O aquecimento solar é uma opção muito usada. Praticamente 100% dos novos projetos incluem esse tipo de equipamento”, disse Kílaris.

Em matéria de revestimento, é possível destacar as fibras naturais de bambu e coco, além da madeira plástica ecológica, uma alternativa para não agredir a natureza na hora de construir um deck de piscina. Em contraponto, surge o porcelanato, alternativa elegante e de qualidade que concorre com o mármore e o granito. Antes importado da Espanha, este material teve o custo reduzido depois que passou a ser fabricado no Brasil. Tantas qualidades conquistaram consumidores e profissionais do ramo.

Em projetos comerciais, nada como renovar a empresa com uma fachada nova, aplicando materiais de vanguarda como o vidro laminado espelhado, alumínio ou mesmo as pastilhas de porcelana. Eles renovam o projeto de fachada concebendo uma arquitetura contemporânea e atual. Opções e idéias não faltam. Esta é a hora de renovar e reformar.

Pintura de paredes externas pede tratamento especial

As paredes externas e sujeitas a batidas de chuva pedem um tratamento especial antes da pintura ou no momento de receber um novo acabamento. Confira a seguir algumas orientações para não errar na hora de decorar as paredes de fora da casa:

- Escolha o produto considerando que se trata de uma pintura impermeável, elástica e de base acrílica, que oferece grande aderência e durabilidade e que pode ser aplicado sobre reboco, concreto, fibrocimento e massa acrílica;

- Verifique se a superfície está limpa, seca e isenta de poeira;

- No caso de superfície já pintada, faça o lixamento antes da aplicação do novo produto;

- Observe se não há ocorrência de trincas. Na existência de trincas isoladas, na maioria dos casos se faz necessário a calafetação com massa acrílica para vedação antes da pintura;

- Quando se trata de parede virgem, com acabamento rústico, tome cuidado para não deixar acúmulo de material na superfície, pois a pintura posterior de acabamento poderá reter água, fazendo com que surjam microfissuras superficiais que comprometem a aparência.

Tinta inteligente regula temperatura interna do imóvel

Uma tinta inteligente que regula a temperatura do ambiente interno e externo do imóvel, deixando-o mais quente no inverno e fresco no verão é a grande novidade lançada pela Sherwin-Williams. O produto, chamado Metalatex Eco Telha Térmica, foi desenvolvido pelo laboratório brasileiro da companhia e é o primeiro do País em sua categoria.

Indicada para aplicação em telhas de barro, cimento e fibrocimento, o novo produto possui acabamento brilhante e traz em sua formulação outros benefícios, como agentes que impedem a criação de limo ou qualquer outra ação de intempéries e fator de repelência à água e à umidade (impedindo que a telha retenha água em seus poros). Trata-se de um produto à base d´água e com secagem rápida.

Mudanças nos pisos, paredes e iluminação valorizam o imóvel sem

Uma reforma bem feita pode valorizar o imóvel no mercado e, para isso, nem sempre é preciso muita mudança ou quebra-quebra. Com apenas algumas modificações, como melhorias nos pisos, paredes e iluminação, é possível obter um ótimo resultado.

Em um apartamento de cobertura de 130 metros quadrados na Zona Sul de São Paulo, os profissionais do EB-A Espaço Brasileiro de Arquitetura executaram uma reforma que, segundo eles, proporcionou uma valorização de 20% do imóvel.

O arquiteto Gláucio Gonçalves, do EB-A, explica que não houve quebra de paredes, mas sim, reestruturação do espaço, troca de revestimentos, instalação de iluminação embutida e nova pintura com cores que iluminam os ambientes. A obra durou quatro meses e seu valor total, incluindo projeto, mão-de-obra e material utilizado, ficou por volta de R$800,00 o metro quadrado.

“O projeto teve como objetivo valorizar a simplicidade, a autenticidade e a elegância da cliente. Por isso, a decoração estabeleceu um contraste entre as cores dominantes, a utilização do cimento queimado como revestimento principal e a dispersão de vários elementos, o que tornou possível a criação de cenários acolhedores”, afirma Gláucio.

A sala superior ganhou leveza com os dois painéis de tijolo à vista que foram levantados para dar um ar mais rústico ao ambiente. O detalhe ficou por conta do acabamento dos painéis, que foram caiados, lixados e receberam resina. O dente, formando um nicho para objetos de decoração e a lareira finalizaram a função dos painéis na decoração. O piso em laminado de madeira e as cores claras complementaram a proposta de rusticidade.

Para trazer a concepção de aconchego, o arquiteto abusou dos tons em creme, bege e vermelho. O hall com parede na cor vermelha e quadros e nichos com forte apelo à cor branca complementaram a proposta, assim como a iluminação indireta com pontos de luz embutidos e a luminária japonesa.

A área externa recebeu piso em pedra mineira e as paredes, cores quentes como o mostarda e o cereja. A iluminação embutida nos vasos e nas lamparinas, remetendo às velas, muita utilização de madeira e os vasos de parede, complementaram o aconchego do ambiente na área superior. Os blocos de vidro na parede externa, além de terem função decorativa, ofereceram claridade para o corredor interno que dá acesso ao banheiro e para a pequena cobertura em telha de vidro com sustentação em caibros de madeira.

A sala de jantar e cozinha ganharam revestimento em cimento queimado. Gláucio ousou em “esticar” o cimento queimado, eliminando os tradicionais azulejos ou pintura látex. O tom em creme, a cortina de acrílico, as cortinas em renda e a moldura do espelho, base da mesa em madeira rústica, assim como as poltronas em fibra natural e o piso em cimento queimado fizeram parte da decoração com toque mineiro.

“Quando entro no meu apartamento após a reforma, tenho a sensação de que estou em um oásis e esqueço que estou no meio do caos da megalópole paulistana”, afirma a proprietária.

Reforma: por onde começar?

Para muitos, a reforma de uma casa, ou até mesmo de um ambiente, é sinônimo de dor de cabeça. Gastos imprevistos e prazos não cumpridos costumam ser frequentes. Mesmo para quem é especialista no assunto, nem sempre é uma tarefa fácil administrar trabalhadores, fornecedores, entrega de material, prazos e tudo o que envolve o dia-a-dia de um canteiro de obras, seja grande ou pequeno.

Para dar uma ajuda nessa hora e saber por onde dar início à reforma, o Lar Center oferece, no dia 28 de agosto, um curso sobre o assunto. A aula, ministrada pela arquiteta Eliana Tancredi, aborda as etapas de uma obra e ensina o processo a ser seguido, do planejamento até o que deve ser evitado na reforma de ambientes.

Segundo a arquiteta, estar consciente do tamanho da reforma e o que ela representa para o dia-a dia dos moradores é o primeiro passo nesse processo. A partir daí é necessário criar um plano bem detalhado. "O projeto é o cronograma físico e financeiro da obra, daí a importância de ser bem elaborado. Ele deve considerar o orçamento tanto para a mão de obra e os materiais usados, quanto para pequenos imprevistos", explica Eliana. "O segredo é adaptar o desejo do cliente a sua realidade, por meio de soluções simples e funcionais, onde o bom gosto e bom senso são fundamentais", completa.

Para quem vai se lançar nessa empreitada e deseja evitar surpresas desagradáveis, a arquiteta recomenda alguns passos:

1- Legalizar a reforma junto aos órgãos oficiais.

2- Ter um projeto definido, detalhado e adequado às necessidades e economias.

3- Tentar obter a planta original do imóvel (estrutura, elétrica e hidráulica).

4- Conhecer e se adequar às regras do condomínio (no caso de apartamento), do horário de trabalho à contratação de caçamba.

5- Definir os serviços e contratação da mão de obra para sua execução (pedreiro, eletricista, pintor, etc.).

6- Definir os produtos (revestimentos, louças, metais, etc.) e orçar os diferentes fornecedores.

7- Mãos a obra!

Para reformas e preservação de madeiras, o verniz é imbatível

Você já parou para pensar quantos objetos de madeira há em sua casa ou escritório? São portas, portões, janelas, móveis e até objetos de decoração, como caixas, cestas de vimes etc. Como conservar estes objetos, sem que eles percam suas características naturais? Utilize o verniz e, para obter os melhores resultados, anote as dicas de José Álvares Cintrão, consultor técnico da indústria Tintas Solventex.

• A madeira que será envernizada deve ser polida com lixa 220.

• Se a madeira estiver com algum tipo de gordura, cera ou graxa, elimine com tiner e espere secar para começar a lixar.

• Para polir com facilidade, enrole a lixa em um pedaço de madeira.

• Se houver uma camada de verniz antigo em bom estado, lixe para remover o brilho.

• Caso a camada de verniz antigo estiver mal conservada, remova todo o verniz antigo com raspador.

• Para aplicar o verniz, homogeneizar muito bem e diluir com aguarrás.

• Comece sempre pelos cantos com um pincel de cerdas macias (mesmo quando for usar rolo).

• Espere secar por 12 horas para aplicar as duas demãos.

• Deve-se lixar levemente entre as demãos com lixa 320.

• Se utilizar rolo, coloque o verniz na bandeja, passando o rolo para frente e para trás, até o verniz ficar uniforme, mas não encharque o rolo.

• Em armários e outros móveis com gavetas, envernizar primeiro as gavetas e as partes externas.

Aprenda as técnicas para obter um rendimento eficiente na hora de pintar a sua casa

Não basta ter criatividade, vontade e disposição para mudar a cara daquela parede da sala. Na onda da bricolagem, muitas pessoas se aventuram pelo mundo da pintura sem saber que, aprendendo pequenas técnicas, pode-se economizar tempo, tinta e, principalmente, dinheiro.

Cada superfície deve ser pintada com produtos diferentes, cada efeito visual precisa ser feito com os materiais certos e cada ambiente merece um tratamento diferenciado para que o resultado final agrade e não surjam problemas futuros, como pinturas descascadas e bolhas.

Segundo os consultores técnicos José Luiz Moio e José Alves Cintrão Neto, da Tintas Solventex, a principal regra na hora de aplicar a tinta é começar usando cores mais suaves, com pequenos detalhes em tons intensos e seguir a seguinte ordem para pintar um ambiente: comece pelo teto, siga pelas paredes, depois pinte as portas, janelas e, finalmente, o rodapé. Desta maneira, você economizará tempo e dinheiro.

Para evitar o surgimento de manchas esbranquiçadas na superfície pintada, chamada de eflorescência, é essencial aguardar a secagem da superfície antes de aplicar a tinta.

Bolhas em pinturas sobre alvenarias em paredes internas podem ser evitadas com a eliminação da poeira do lixamento da massa corrida e diluindo muito bem a tinta. O uso de massa corrida muito fraca, de baixa qualidade, também pode provocar bolhas.

O descascamento da tinta pode ocorrer quando a pintura for executada sobre caiação (camada de pó de cal). Evite este problema eliminando as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando asuperfície.

Para evitar que a pintura se esfarele com o tempo,deve-se aguardar cerca de 28 dias para que um reboco novo esteja curado.

Materiais - A escolha correta dos materiais é muito importante para um bom resultado. Veja a seguir para que serve cada um deles:

- Rolos: os rolos são ideais para áreas grandes como paredes ou tetos. O rolo de lã (pêlo baixo) é indicado para tintas PVA e Acrílica, enquanto o rolo de espuma é indicado para esmaltes, tinta óleo e vernizes e o rolo de espuma rígida ou borracha é indicado para dar efeito em textura.

- Pincéis: a qualidade do pincel tem um efeito direto na qualidade do acabamento e na facilidade em controlar e aplicar a tinta. Pincéis com cerdas escuras são indicados para aplicação de tintas a base de solvente, como os esmaltes, tintas óleo evernizes. Pincéis com cerdas grisalhas são indicados para aplicação de tintas a base de água como as tintas PVA e Acrílica.

- Espátulas de aço: usadas para aplicação de massas em grandes áreas .

- Desempenadeiras de aço: ideais para a aplicação de massas em grandes áreas.

Limpeza - A limpeza correta dos materiais antes de guardá-los é fundamental para conservá-los por bastante tempo. Materiais com resíduos de tintas a base de solvente, esmalte, verniz, tinta óleo devem ser limpos com jornal e lavados com água raz ou thinner. Já os materiais com resíduo de tintas a base de água (tinta acrílica e PVA) devem ser lavados com água e sabão.

Temperaturas baixas são propícias para mudanças na fachada

Se você está pensando em mudar a fachada da sua casa ou do seu prédio, o momento é agora! Com a chegada das estações mais frias e, consequentemente, menor probabilidade de chuvas fortes, serviços como recuperação de fachadas e impermeabilização de lajes se tornam muito mais garantidos.

De acordo com José Maria Barmonde, gerente de logística e manutenção predial da Lello, executar esses trabalhos em estações chuvosas é arriscado, pois pode atrasar a reforma e gerar transtornos ao proprietário. "Uma chuva não prevista pode atrasar a obra e gerar incômodos aos moradores", explica Barmonde. Assim, se o trabalho for feito no outono ou no inverno, os riscos de ter que se renegociar o prazo de entrega do serviço são muito menores..

Barmonde orienta, também, que o primeiro passo para iniciar uma reforma na fachada deve ser a realização de um trabalho de vistoria predial, que permite detectar problemas como ferragens expostas, trincas, rachaduras, pastilhas soltas, infiltrações, vazamentos e anomalias construtivas, dentre outros. Os imóveis com mais de cinco anos de idade devem realizar esse check-up ao menos uma vez por ano.

Com base nos resultados da vistoria, o proprietário ou síndico pode saber quais são as medidas mais urgentes a serem adotadas para garantir a manutenção preventiva e a conservação estética do imóvel, evitando o agravamento de possíveis problemas estruturais e valorizando o empreendimento.

Manual facilita instalação de pisos laminados

Os pisos laminados são uma ótima opção para quem busca qualidade, praticidade e durabilidade. A instalação desse tipo de piso, apesar de ser muito simples, exige alguns cuidados. Para facilitar esse processo, a Eucatex disponibilizou em seu site o Manual de Instalação de Pisos Laminados.

No manual, você acompanha passo-a-passo a instalação do piso, desde a análise do contrapiso até o acabamento, conhece as ferramentas necessárias e aprende detalhes sobre o produto. A publicação é toda ilustrada, facilitando a compreensão do leitor.

Os pisos laminados podem ser instalados tanto em residências, quanto em locais comerciais. Para atender aos dois tipos de uso, existem pisos de tráfego médio e pisos especiais para tráfego intenso.

Em residências, recomenda-se a utilização de pisos laminados em quartos, salas e halls. Já no caso de estabelecimentos comerciais, esse tipo de piso é adequado para lojas, escritórios, hotéis e flats.

A limpeza do piso laminado também é muito simples e deve ser feita com um pano levemente úmido e sabão neutro. O uso de cera não é recomendável e, para remover manchas, como de tinta de caneta, por exemplo, deve-se utilizar um pano umedecido com amoníaco, álcool ou solventes à base de Toluol.

Dicas para evitar que uma reforma se transforme em pesadelo

A decisão de reformar um imóvel deve vir acompanhada de bom senso. Grande ou pequena, uma reforma pode resultar em transtornos, tais como rompimento de dutos; interferência danosa com o sistema elétrico e outras ainda mais sérias, cujo conserto pode custar mais do que a reforma.

Na opinião do arquiteto Silvio Heibult, em reformas de qualquer porte cabe e deve existir a figura do gerenciador, um profissional ou empresa de arquitetura ou engenharia: ?Mesmo as pequenas reformas comportam esta figura. O valor despendido com a contratação do gerenciador é compensado pela economia proporcionada, que vai desde a organização das tarefas, redução de perda de materiais, cumprimento de prazos, até evitar o prejuízo de erros e, se ocorrerem, providenciar que sejam corrigidos, sem que o proprietário se veja diante de problemas que não tem conhecimento para resolver?, diz.

O arquiteto lembra que encanador, eletricista, pedreiro, marceneiro formam um verdadeiro exército, disposto a prestar os melhores serviços e cumprir prazos, porém, para executarem satisfatoriamente as suas tarefas, além de bons profissionais é indispensável que contem com a supervisão de um coordenador, que além do mais distribua as tarefas em seqüência correta e se responsabilize por encontrar os melhores preços, dentro da qualidade que a tarefa exige.
Para Heilbut, a boa receita do profissional gerenciador é dividir a obra em etapas, encontrar soluções, verificar qualidade e andamento dos trabalhos e controlar fluxo de caixa e demais aspectos financeiros.

O arquiteto explica que antes de iniciar a reforma é necessário confrontar a nova conformação que se pretende com os projetos originais das instalações (energia, hidráulica, telefonia, informática etc.), das estruturas e das fundações. ?A confrontação, primeira ação do gerenciador, evitará, por exemplo, que a colocação de um novo duto encontre uma viga?, alerta.

O profissional lembra que desde o primeiro momento das atividades de reforma o gerenciador pode controlar custos e prever os prazos e valor final da reforma: ?O gerenciador tem o papel de assessorar o proprietário em todas as decisões, desde contratar a equipe ou empresa que executará a obra, acompanhar a execução, controlar o aproveitamento e a qualidade de materiais e de mão-de-obra e liberar pagamentos?.

?Ao mais se acrescente que, ao assumir todas as tarefas relacionadas à reforma, o gerenciador afasta do proprietário as chances do estresse que, usualmente, ataca quem faz reformas sem contar com orientação adequada. Um bom gerenciador representa resultados finais satisfatórios, redução de prazos e custos e outras vantagens que redundam em economia. Em outras palavras, um gerenciador se paga?.

Riscos de uma garagem mal planejada

Entrada estreita, rampas inclinadas que dificultam a visão, espaços apertados ou até número insuficiente de vagas são problemas comuns em algumas garagens. Isso acontece porque essa área, geralmente, é uma das últimas etapas a ser pensada num empreendimento. Resultado: erros estruturais e desconforto aos usuários.

Atenta a esse problema, a Maxipark, uma das mais atuantes empresas no setor de estacionamentos, opera de forma preventiva ao apresentar sugestões a seus clientes através de um departamento técnico logo no momento do contato comercial, esclarecendo sobre a importância de uma garagem planejada, versátil e segura, desmistificando a idéia de que estacionamento é um "mal necessário".

Os profissionais da empresa são especialistas em uso do espaço, então conseguem prever possíveis entraves e indicar soluções para cada caso. Optar por pilares cilíndricos, ao invés dos quadrados, pode ajudar a amenizar os casos de sinistros. Com as rampas, o cuidado deve ser com a geometria, sem curvas fechadas e com a largura de sete metros, espaço ideal para a passagem de dois carros. "As vagas devem ter 2,40 X 5,00 metros para o cliente abrir a porta e não bater no carro do lado", alerta o engenheiro da Maxipark, Edimílson Batista de Carvalho.

Um bom planejamento também se reflete num ganho de vagas. "O nosso grande desafio é fazer com que o estacionamento acomode o maior número de vagas possíveis, mas sem fugir dos padrões confortáveis de acomodação dos carros", diz o engenheiro. Garagem mal planejada resulta em prejuízo e sinistros.

Outra questão é projetar a garagem de modo que ela ofereça um bom fluxo viário, que consiste na circulação dos carros dentro do local. Nesse caso, é feita uma estatística, quando se leva em consideração o fluxo de automóveis circulantes em horários de maior movimento. A partir desse estudo, são colocados cruzamentos em pontos estratégicos e criadas saídas alternativas para evitar congestionamento, tendo em vista também os reflexos nas vias de acesso à garagem.

Mas a preocupação não se limita apenas aos aspectos físicos. Uma garagem mal planejada pode acarretar riscos à saúde se o espaço não contar com um bom sistema de exaustão e ventilação, responsável pela circulação e renovação do ar, principalmente em estacionamentos subterrâneos.

"O ideal é planejarmos a garagem junto com a construtora no início da obra. Quando isso não acontece, ao assumirmos uma unidade já existente, detectamos os riscos e desenvolvemos um projeto com soluções para os problemas presentes", finaliza Carvalho.

Como evitar dores de cabeça ao construir uma casa

Construir ou reformar uma casa não é uma tarefa nada fácil. O proprietário necessita estar atento à escolha de profissionais para criar o projeto arquitetônico e providenciar os documentos necessários para que sua obra não tenha problemas ou seja embargada.

Para evitar aquela dor de cabeça inesperada, a Hochheimer Imperatori Arquitetura dá algumas dicas. "Na hora de escolher um terreno, a pessoa deve verificar toda a infra-estrutura: zoneamento da região, que especifica o tipo de edificação do bairro - residencial ou comercial; redes de esgoto e água encanadas e de eletricidade; analisar o possível comprometimento do solo (por exemplo, a existência anterior de um depósito de lixão); consulte o código de edificações e a lei de uso e ocupação solo, para evitar processos judiciais e até uma condenação que exija a demolição total do imóvel ou parte deste; problemas de enchentes; observar os estilos de construções mais próximas (em muitas áreas, as prefeituras determinam padrões, principalmente se for em condomínios residenciais fechados); existência de feiras livres e presenças de bares e restaurantes que podem gerar ruídos e trânsito em excesso;", ressalta o arquiteto sócio- proprietário, Luciano Imperatori da Hochheimer Imperatori Arquitetura.

Comprado o terreno, o proprietário deve-se informar das exigências e documentações solicitadas pela prefeitura da cidade antes de iniciar a construção. Em seguida, é sugerida a contratação de profissionais gabaritados para dar seqüência no processo. Para residências de pequeno ou médio porte, deve-se contratar um arquiteto ou um engenheiro habilitado pelo CREA ? Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia. O arquiteto é um profissional formado com uma visão mais ampla e humanista do que os engenheiros, é responsável pela qualidade ambiental e técnica construtiva da edificação. Em certos casos quando o profissional executa a obra ou consta como responsável técnico junto ao projeto aprovado pela prefeitura, acumula as responsabilidades civis da obra, garantindo ao proprietário seus direitos, caso a construção tenha algum problema.

"Antes de contratar qualquer profissional, é necessário que o proprietário consulte obras e questione clientes antigos do arquiteto para averiguar suas capacidades e idoneidade. De início, os proprietários são resistentes à contratação de profissional, porque acreditam que irá onerar o custo de sua obra. Mas na verdade, a situação é contrária. Por não ter um conhecimento técnico, os gastos podem aumentar, principalmente na compra de materiais desnecessários e ou excessivos ou até a reconstrução de parte da obra", ressalta Imperatori. Por lei, toda construção nova exige um projeto de arquiteto que deverá ser apresentado à subprefeitura para análise e aprovação.

Construção de uma nova casa

Antes de iniciar a obra, o proprietário ou o arquiteto deve-se dirigir a prefeitura de sua cidade (no caso de São Paulo à subprefeitura de seu Bairro) e providenciar os documentos necessários para dar seqüência em seu projeto (veja quadros abaixo). "Os processos de aprovação e execução duram em torno de três meses, mas na prática, podem chegar até dois anos. É criado um jogo de vai e vem de comunique-se (nome dado aos comentários feitos pela prefeitura sobre o projeto em aprovação), onde as informações são fornecidas fracionadas, estendendo o período", comenta o arquiteto Luciano.

Aprovado o projeto, a Prefeitura correspondente emitirá o "Alvará de Aprovação" autorizando o início da construção. Os dados deste documento devem ser impressos numa placa, que será fixada na entrada do terreno para melhor visualização dos fiscais.

Caso a obra não esteja com a documentação em dia ou for construída diferente do projeto aprovado, ela poderá ser embargada por um fiscal da prefeitura e o proprietário penalizado com multas, que terá seu valor estabelecido conforme a infração. Se for embargada, o proprietário deve-se dirigir à Prefeitura e informar-se dos procedimentos necessários para o desembargo.

"Após a conclusão da obra, o proprietário deve encaminhar novamente a Prefeitura de seu bairro e solicitar o "habite-se", que é documento de caráter administrativo expedido pelo poder municipal que autoriza a ocupação ou uso de imóvel novo. É concedido ao final da obra, após vistoria obrigatória do poder público e das concessionárias de serviços (usualmente aprovação do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, empresa de telefonia, entre outros)", lembra Imperatori.

Reforma de casa ? Para reformar uma casa ? que exija um acréscimo de área - é necessário que apresente à Prefeitura: escritura do terrenos; documentos do proprietário; plantas do projeto; requerimento de aprovação do projeto; pagamento de emolumentos (taxas proporcionais à metragem da obra); primeiro translado da escritura ou escritura primária; cópia do CREA do autor do projeto e responsável técnico; guia de recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

"É importante dispor de um projeto de arquitetura para reforma - mesmo que esta seja pequena ? e a aprovação da Prefeitura. O aumento de área está sujeito às leis de uso e ocupação do solo de cada região e gerará aumento no IPTU. Se a reforma for realizada sem autorização, o proprietário corre sérios riscos de embargo, multa e possível demolição da área construída, caso esteja em desacordo com as leis vigentes", explica Imperatori. Para uma reforma sem adição de área, é necessário apenas um requerimento de autorização, disponível na prefeitura do bairro.

QUADRO 1 - DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA AQUISIÇÃO DO ALVARÁ DE APROVAÇÃO E EXECUÇÃO

I. Alvará de Aprovação e Execução

1.- Requerimento padronizado devidamente preenchido com identificação e qualificação do solicitante, profissional habilitado e do imóvel objeto do pedido, além de endereço para correspondência, telefone, nº de telefone do fax e e-mail (link para o modelo do requerimento padronizado);
2.- Cópia do título de propriedade de todos os lotes envolvidos;
3.- Cópia do Contrato Social ou Estatuto, no caso do proprietário ser pessoa jurídica, onde conste o representante legal;
4.- Cópia das duas primeiras folhas da Notificação-Recibo do IPTU;
5.- Levantamento planialtimétrico (medidas do terreno no plano e nos níveis de alturas) do terreno, elaborado por profissional legalmente habilitado, numerado na seqüência das demais folhas do projeto, de acordo com o decreto 32.329/92, em duas vias;
6.- Peças gráficas representando o projeto, em duas vias;
7.- Memória de cálculo, se for o caso;
8.- Guia quitada de arrecadação da taxa e preço público devidos ao órgão municipal;
9.- Ficha Técnica, se houver, dentro do prazo de validade (opcional);
10.- Diretrizes de Projeto, se houver, dentro do prazo de validade (opcional).

Fonte: Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo


QUADRO 2 -ALVARÁ DE APROVAÇÃO E EXECUÇÃO

1.- Requerimento padronizado devidamente preenchido com identificação e qualificação do solicitante, profissional habilitado e do imóvel objeto do pedido, além de endereço para correspondência, telefone, fax, e-mail (link para o modelo do requerimento padronizado) ;
2.- Cópia do título de propriedade de todos os lotes envolvidos
3.- Cópia do Contrato Social ou Estatuto, no caso de o proprietário ser pessoa jurídica, onde conste o representante legal
4.- Cópia das duas primeiras folhas da Notificação-Recibo do IPTU
5.- Cópia do documento hábil que comprove a regularidade da edificação existente de acordo com o Decreto 32.329/92 (Legislação Sehab)
6.- levantamento planialtimétrico do terreno, elaborado por profissional legalmente habilitado, numerado na sequência das demais folhas do projeto, de acordo com o item 3.A.6 do Decreto 32.329/92, em duas vias, somente no caso da reforma implicar

Economize na hora de comprar materiais de construção.

O consumidor deve ficar atento na hora de comprar materiais de construção e portanto, deve exigir produtos normalizados, para que não comprometam o resultado da obra. Por isso, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (BlocoBrasil) selecionaram algumas dicas importantes para os consumidores.

Peso ? A variação de peso entre blocos do mesmo lote deve ser mínima. A diferença de massa (peso) entre elas é uma forte indicação de variação de resistência. Além disso, peças leves representam maior porosidade e maior absorção de água;

Coloração homogênea ? A tonalidade do cinza do bloco não representa blocos mais ou menos resistentes. No entanto, a variação de tonalidades de blocos de um mesmo lote é sinal de problemas na compactação do concreto e na densidade da peça. Blocos com cor homogênea indicam que houve um controle ideal no processo de cura e de fabricação;

Dimensões exatas ? O bloco deve ter ângulos retos exatos. Para fazer o teste, meça as diagonais: elas devem ter a mesma medida. Caso contrário, desconfie;

Famílias ? Existem duas famílias de blocos que se distinguem pelo comprimento da peça (29 cm e 39 cm) e, em ambas, a altura é sempre 19 centímetros. A família do bloco de 39 possui variações de 9, 14 e 19 centímetros de largura. Já a família de 29 possui apenas um bloco de 14 centímetros. Estas medidas são estabelecidas em norma, portanto, não compre se a metragem for diferente das especificadas;

Superfície uniforme e cantos vivos - Arestas irregulares indicam problemas no processo de compactação do concreto. Blocos com cantos quebrados representam baixa resistência. Passe longe deles. Vale lembrar que quanto mais perfeito e homogêneo for o bloco, maior será a economia com revestimentos de argamassa;

Teste da porosidade - Blocos porosos em geral significam resistência baixa e quebram com facilidade. Qualquer produto à base de cimento que for feito com quantidade insuficiente de água tende a ficar com a compactação comprometida e a superfície porosa. Para fazer o teste, derrame um pouco de água sobre o bloco. Se ela for absorvida com facilidade, significa que há grande quantidade de vazios no bloco, o que em geral representa baixa resistência e proporções erradas dos componentes do concreto;

Teste do mergulho - Peças porosas quando mergulhadas na água produzem grande quantidade de bolhas (resultado da saída do ar), fato que não ocorre com blocos de qualidade;

Bloco vazado ? Não compre blocos que tenham o fundo fechado (com exceção das canaletas). Os blocos de concreto normalizados são sempre vazados;

Teste do som ? Bata levemente um bloco no outro e preste atenção. O som de blocos bem compactados é mais estridente. Os mais porosos produzem sons mais suaves;

Preço ? Faça uma pesquisa de mercado e desconfie de preços muito abaixo da média regional.

No ato da compra, também é importante informar o tipo de bloco solicitado (de vedação ou estrutural), a quantidade exata e a programação de chegada. E, quando receber, é preciso armazenar as peças em local adequado, separadas por tipo, dimensão e resistência. Isso facilita o armazenamento, o manuseio, o controle de qualidade e evita quebras.

De acordo com o gerente do Projeto Indústria da ABCP, Cláudio Oliveira, a baixa qualidade dos blocos faz com que o número de quebras chegue, em alguns casos, a 40%, desde a produção até a manipulação no canteiro de obra. "É importante que o consumidor fique atento à procedência dos produtos, por isso é sempre importante exigir produtos normalizados", ressalta ele.

Já o presidente da BlocoBrasil, Antonio Sérgio Reganatti, alerta que não basta o consumidor cobrar produtos de qualidade, as lojas de materiais de construção também precisam ficar atentas. "Para ter mais segurança o revendedor deve exigir que o fabricante cumpra as normas ou tenha o selo de qualidade da ABCP e, para não correr riscos, o consumidor deve fazer o mesmo", explica ele.

O selo qualifica os blocos de concreto para alvenaria e é uma garantia de que o produto atende às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O objetivo do selo é implementar a conformidade dos produtos com as normas brasileiras e, dessa forma, contribuir para a melhoria da qualidade dos sistemas construtivos à base de cimento.

Hoje, já são cerca de 54 empresas adeptas ao programa e 20 empresas em processo de qualificação.

Sobre alvenaria ? O bloco de concreto é a unidade básica das alvenarias. Com este sistema pode-se construir desde simples muros, residências, edifícios de diversas alturas, até hipermercados e indústrias.
A alvenaria permite a redução do volume de resíduos gerados na obra, das horas de trabalho e do consumo substancial de alguns materiais, tais como madeira, aço e revestimento. Para que uma obra em alvenaria de blocos de concreto tenha qualidade e viabilidade econômica, são imprescindíveis três fatores: o planejamento prévio, a qualidade dos materiais e a qualificação da mão-de-obra.

Outras vantagens da alvenaria com blocos de concreto:
* Modularidade: facilidade de execução;
* Precisão dimensional;
* Execução racional;
* Maior economia final da edificação;
* Elevada resistência e durabilidade.


Os blocos abrigam, ainda, as instalações elétricas nos seus vazados, eliminando a etapa de rasgos nas paredes, processo comum na construção convencional, que conduz ao desperdício e retrabalho. Considerando todas estas vantagens, o metro quadrado de parede pronta de blocos de concreto chega a ser 25% mais barata que as demais alternativas.

Além do cinza - Embora o cinza ainda seja a cor predominante entre as peças de cimento, novos blocos estão surgindo, em cores, tamanhos e formas diferentes, agregando beleza ao concreto. O bloco stone, (que imita rocha e pedras), blocos ornamentais de arrimo (que compõem jardim), assim como o bloco comum pigmentado, são alguns exemplos que vêm sendo muito adotados por arquitetos.